quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Chorei demais

O caçador de pipas é um livro que agrada a muitos – afinal é um best seller - e desagrada também – porque é um best seller - eu estou do lado dos que amaram e se debulharam em lágrimas.
Ao contrário da maioria, vi o filme e depois li o livro. Uma experiência não muito boa, pois todos os mistérios que envolvem a trama eu conhecia. Por outro lado não me frustrei com o filme. Mesmo assim sofri, chorei e me emocionei durante a leitura.
Envolvente do início ao fim é um romance do tipo hollywoodiano, mas que passa uma mensagem. A história de amor entre Hassan o empregado hazara e Amir o patrão complexado, poderia ter se transformado num dramalhão mexicano, mas foge do clichê e surpreende (aqueles que não viram o filme antes claro!).
Uma relação frágil - repleta de altos e baixos - assim como o movimento das pipas no ar. A amizade se torna tão dramática quanto o Afeganistão, palco da história. Se inicia na década de 70, ainda no período monarca daquele país, passa pela invasão soviética nos anos seguintes e se desemboca no terror do regime Talibã. Mais que um pano de fundo, a história sangrenta do Afeganistão é determinante na trama e em seu desfecho.
A amizade é posta em cheque a todo o momento e os valores daquele povo nos fazem pensar - lealdade, pecado, morte, honra, o que realmente importa?
Vale a pena em barcar!

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