A competição entre mídias aumenta. Os poderosos grupos de comunicação usam todos os meios para garantir e melhorar seu “negócio”. O que antes era considerado uma atividade boêmia e descompromissada, hoje é visto basicamente como business. Para assegurar o consumo, as mídias apelam para matérias sensacionalistas, prejudicando o conteúdo e a qualidade da informação. O reflexo disso: leitores alienados, desinformados e perdendo o senso crítico.
O advento da internet, a notícia 24 horas por dia, a incessante busca do on-line pelo “exclusivo”, “inédito” e o noticiário televisivo muitas vezes espetaculoso, contribuíram para as mudanças drásticas na forma de transmitir a informação do impresso. Não dá mais para o “velho jornal” ter um furo, por isso cabe ao impresso investir no aprofundamento dos fatos, “ser analítico, original e interpretativo”, como cita Álvaro Caldas.
“A não distinção do jornalismo na TV, sobre o que interessa ao público, e o que é de interesse público”, citado por Ricardo Noblat, vem afetando o jornalismo impresso. Oferecer ao leitor apenas o que ele quer, não é cumprir o dever do jornal, que é o de informar e conscientizar a população.
A maneira de trabalhar dos jornalistas mudou. A redação se modernizou. O jornal se informatizou. Contudo, o impresso sobreviveu. Os impérios - digital, do consumo e do dinheiro - tentaram, abalaram, mas não destruíram a essência do jornal diário.
Os áureos tempos da redação, a época da máquina de escrever, cigarros e jornalistas entrosados, amigos não retornaram, permaneceram apenas na memória dos que tiveram o prazer de desfrutar desses momentos.
Adaptações são necessárias no mundo corrido de hoje. Para sobreviver na era da globalização e digitalização não dá para manter o romantismo do jornalismo de outrora.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário